Montagem de pratos com brasões e brasão do conhecimento.

Brasão de família

Praticamente toda família europeia (berço da civilização ocidental) tem um brasão que a identifica. Assim, podemos crer que membro(s) da família Dametto tenha(m) sido recompensado(s) com brasão ao longo de séculos de história que antecederam à vinda de nossos ancestrais ao Brasil. Entretanto, não encontrei registros de nosso sobrenome em armoriais (livros de registros de brasões) consultados.

Hoje em dia, existem ateliês de heráldica que, após simples consulta e pagamento de uma taxa, fornecem brasões a quem os solicita. Cores, desenhos e expressões figuradas proliferam na internet. Então, torna-se fácil para os “vendedores de brasões” montarem um desenho e o venderem como legítimo.

Eu mesma já recebi brasões de escritórios que contatei aqui no Brasil, mas nenhum deles foi comprovado com a devida descrição, que é parte essencial do brasão. Além disso, continham erros detectáveis pela mais superficial análise heráldica. Meu filho, André Luiz Dametto, em viagem aos Estados Unidos em 2008, obteve um brasão da família Dametto no Historical Research Center, com a devida descrição. Não o divulguei até hoje porque queria primeiro conhecer e escrever a história de nossa família. Só a partir dela acho que devemos validar ou não qualquer brasão de família que nos seja apresentado.

Sabemos todos que os nossos ancestrais – os primeiros imigrantes Dametto no Rio Grande do Sul, em 1882-83, e aqueles que desembarcaram em Santos e se fixaram no Estado de São Paulo a partir de 1887 – vieram como colonos inseridos no sistema de agricultura familiar no RS e como trabalhadores nas fazendas de café e lavouras em SP. Hoje, seus descendentes se espalham por quase todos os Estados brasileiros. Não há registros de que somos descendentes de reis ou condes. Então, não faria sentido que no brasão de nossa família figurasse, por exemplo, uma coroa (grande, média ou pequena). Pelas normas heráldicas, ela representa as figuras do rei/imperador, rainha/imperatriz, príncipe herdeiro, conde, visconde e barão.

Desde o Império Romano – depois dividido em Império do Ocidente e Império do Oriente, aos quais se sucederam o Império Bizantino, a Sereníssima República de Veneza (de 1420 a 1797) e os diversos reinos que, após as guerras de unificação (1848-1866), formaram a Itália – as populações da Península Itálica viveram séculos de migrações de uma província a outra. Nessa perspectiva, não podemos descartar a hipótese de que algum de nossos antepassados, graças ao seu trabalho, tenha sido homenageado com brasão por algum rei, nobre ou senhor feudal. Quem sabe, os Damettos da Itália possam se manifestar a respeito.

Como membros desta grande Família, podemos decidir conjuntamente qual brasão queremos. Com símbolos que expressem nossa história e maneira de ser, nossa personalidade, nosso ritmo ao mesmo tempo unido, independente e individual. Vamos escolher as cores heráldicas que representam nossas origens e a pátria que acolheu nossos antepassados. Uma ligação com a vida, o trabalho e a comunidade onde estamos inseridos. Um brasão que represente os Damettos de ontem e de hoje, que nossos descendentes possam aceitar como verdadeiro e apresentar com orgulho. Um brasão que faça aflorar nossos melhores sentimentos.

Sites consultados:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasão

História:

http://www.abcdesign.com.br/por-assunto/historia/heraldica-simbolos-nobres-significados-reais/

Elmos:

http://www.heraldica.net.br/3_2_elmo.htm

Regras da heráldica:

http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/suplementos/ler/as-regras-da-heraldica-1.562805

O seu nome e a Heráldica:

http://www.heraldica.com.br/saiba_mais/saiba_mais.php

http://www.nomesebrasoes.com.br/sobrenomes.php

 

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